domingo, 5 de junho de 2011

Depois da Batalha

Depois da batalha, os músculos vibram e adormecem,
A respiração cansa, e o cérebro entorpece.
Os olhos ardem e as mãos tremem,
O ar nos falta e a boca seca.

Depois da batalha, os sentidos se esquecem e a cabeça não entende,
O barulho ensurdecedor ensurdece,
O desespero mudo começa a formar palavras.

"O corpo quer, a alma entende"
A vida passa bem diante dos nossos olhos,
Como se fosse uma ópera silenciosa e sem repertório.

Acontece a entrega, a aceitação, o fim do Bom Combate
As lembranças começam a se esvair, parte a parte.

O fim chega em forma de adormecer,
Preparando o mundo para o renascer.

Remanescer, em mais batalhas.

Um comentário:

Cleide Cavalcante disse...

Amo tudo que vc escreve! Fico toda orgulhosa, sempre!