Tudo me absorve, como o magma que carrega tudo a sua volta
Eu não queria ser tão boba, a ponto de deixar de existir, de passar a considerar apenas minhas atitudes,
E ignorar que eu sou alguém por trás disso tudo.
Quero me reservar ao direito de me reservar,
Eu estou mudando, desabrochando, para sair do casulo, é preciso no casulo ficar.
Eu preciso me fechar, absorver somente a mim, e deixar a chuva cair lá fora, molhando aos meus semelhantes
Me mantendo protegida, mesmo que pra isso seja necessário estar distante.
É preciso recolher os cacos, juntar as peças, passar cola, encontrar o que une as partes que sem perceber deixamos pouco a pouco pelo caminho.
É preciso religar minha alma ao meu corpo.
É preciso transformar todo lixo em tesouro.
E espantar os maus agouros.
De novo.